Futuro do PSDB fica para março

Mesmo depois de ter registrado o pior resultado de sua história nas eleições municipais de 2024, o PSDB decidiu deixar qualquer definição sobre o futuro para março.

A data para discutir uma eventual federação, fusão ou incorporação de novas siglas, como o Solidariedade, foi definida em reunião realizada na semana passada, em Brasília, entre os governadores Eduardo Leite (RS) e Eduardo Riedel (MS) e caciques da legenda, como o presidente nacional da sigla, Marconi Perillo, o deputado Aécio Neves (MG), o líder da bancada na Câmara, Adolfo Viana (BA) e o secretário-geral do partido, Paulo Abi-Ackel.

“Felizmente somos muito procurados dado nosso histórico, nosso legado e nossos excelentes quadros”, afirmou Perillo à Folha de S.Paulo.

O encolhimento do PSDB

As eleições de 2024 representaram um golpe definitivo na trajetória do PSDB, partido que já vinha em declínio desde 2018

A sigla, que nos anos 1990 e 2000 foi uma das principais forças políticas do Brasil, sofreu uma série de derrotas que marcaram sua saída do cenário político central.

A coligação com o Cidadania, que já havia mostrado fragilidade nas eleições de 2022, não conseguiu deter a queda. Juntas, as duas legendas, que elegeram 37 deputados federais em 2018, viram esse número cair para apenas 13.

No Senado, a situação é ainda mais crítica. O PSDB, que nunca teve menos de 10 senadores desde 1990, passou a contar com apenas um representante em 2024.

O declínio também se reflete nas eleições estaduais e municipais.

Entre 1994 e 2010, os tucanos contavam com ao menos seis governadores, agora são apenas três.

O número de prefeituras sob comando do PSDB também sofreu um baque histórico: em 2016, ano do impeachment de Dilma Rousseff, o partido chegou a controlar 806 prefeituras; em 2024, restaram apenas 273.

Antagonista

Postar um comentário

0 Comentários