EUA se abstêm, e Conselho da ONU exige cessar-fogo em Gaza

O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta segunda-feira, 25, uma resolução pelo cessar-fogo imediato em Gaza durante o mês do Ramadã, além da libertação imediata e incondicional de todos os reféns mantidos pelos terroristas do Hamas.

O texto foi aprovado com 14 votos a favor e nenhum contra. Os Estados Unidos se abstiveram.

Esta é a primeira vez que o Conselho de Segurança aprova uma resolução exigindo um cessar-fogo imediato em Gaza desde 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas assassinaram 1.200 inocentes em Israel e sequestraram outros 239.

O que diz a resolução aprovada?

Elaborado por dez dos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, a resolução exige “um cessar-fogo imediato durante o mês do Ramadã, respeitado por todas as partes, que conduza a um cessar-fogo duradouro e sustentável”, além da “libertação imediata e incondicional de todos os reféns, bem como a garantia de acesso humanitário para atender às suas necessidades médicas e outras necessidades humanitárias”.

O texto também “salienta a necessidade urgente de expandir o fluxo de ajuda humanitária e de reforçar a proteção dos civis em toda a Faixa de Gaza” e reitera o seu pedido de levantamento de “todas as barreiras à prestação de assistência humanitária em grande escala”.

A abstenção dos EUA

A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que teve de se contentar com a abstenção porque a resolução não incluía uma condenação do Hamas.

“Esta resolução reconhece corretamente que, durante o mês do Ramadã, devemos renovar o compromisso com a paz. O Hamas pode fazer isso aceitando o acordo que está sobre a mesa. Um cessar-fogo pode começar imediatamente com a libertação do primeiro refém. E, portanto, devemos pressionar o Hamas para que faça exatamente isso”, disse. “Este é o único caminho para garantir um cessar-fogo e a libertação dos reféns”, acrescentou.

O Antagonista

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