As edições da Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF 2008- 2009 e 2017-2018, realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE mostram que houve uma melhora significativa no Índice de Pobreza Multidimensional – Não Monetário investigados no ano de 2017-2018 para o Estado de Pernambuco (4,1) em comparação com 2008 – 2009 que foi (10,3). O período comparado compreende a primeira gestão Paulo Câmara.
De acordo com o IBGE, no caso de Pernambuco, as maiores contribuições foram do Acesso a serviços financeiros e padrão de vida 19,4 %, Saúde e Alimentação 17,7% e Educação 17,0%.
Já as menores contribuições partiram de Moradia 14,7%, Transporte e lazer 14,8% e Acesso aos serviços de utilidade pública.
Pernambuco está acima da média Brasil de 2,3 e abaixo da média
Nordeste de 4,3.
Com relação as dimensões pesquisadas houve queda em todas elas tanto no Brasil, Grandes Regiões e Estados. Em Pernambuco também houve redução em todas as dimensões pesquisadas.
Índice de vulnerabilidade multidimensional não monetário (IVM-NM)
Todas as regiões do país apresentaram redução no IVM-NM entre os anos 2008-2009 e 2017-2018. Na região Nordeste a queda foi de 45,5%, de 22,3% para 12,2%.
Índice de Pobreza Multidimensional Não Monetário com Componente
Relativo (IPMCR)
O IPM-CR também identificou uma queda no índice de pobreza multidimensional. O IPM-CR para o Brasil era de 15,0 em 2008-2009 e reduziu para 12,0 em 2017-2018, uma variação no período de 3,0 pontos, queda de 20%. Todas as Unidades da Federação apresentaram redução na segunda versão da pesquisa, destacando que nenhum dos estados do Norte e Nordeste chegou a alcançar a média nacional.
Entenda como são calculados os Indicadores Não Monetários de
Pobreza e Qualidade de Vida
As edições da Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF 2008- 2009 e 2017-2018, realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, retratam e possibilitam a análise da qualidade de vida no Brasil a partir dos orçamentos domésticos e demais indicadores investigados.
Além do orçamento, são investigadas as características dos domicílios e das famílias, as avaliações subjetivas, as restrições à saúde, o tempo de deslocamento, o acesso aos serviços de utilidade pública, alimentação e outros elementos da qualidade de vida.
No presente estudo, de natureza experimental, tais informações foram utilizadas para mensurar a pobreza e a vulnerabilidade no Brasil em uma abordagem multidimensional e não monetária integrada: a da qualidade de vida, já empregada pelo IBGE.
Para tanto foram seguidos dois passos ou etapas: O primeiro deles é a identificação daqueles com algum grau de pobreza ou vulnerabilidade multidimensional, o que é feito com base em funções de identificação ou ligação que indiquem perdas elevadas na qualidade de vida. O segundo passo é o cálculo dos diferentes graus de pobreza e de vulnerabilidade existentes na população e sua agregação em medidas ou índices capazes de expressar as desigualdades na qualidade de vida.
Para tanto, três índices são apresentados: Índice de Pobreza Multidimensional Não Monetário (IPM-NM), Índice de Vulnerabilidade Multidimensional Não Monetário (IVM-NM) e o Índice de Pobreza Multidimensional Não Monetário com Componente Relativo (IPMCR)
Os índices são calculados a partir das perdas individuais de qualidade de vida (Vis), considerando um amplo conjunto de indicadores não monetários que estão distribuídos em seis dimensões: Moradia; Acesso aos serviços de utilidade pública; Saúde e alimentação; Educação; Acesso aos serviços financeiros e padrão de vida; Transporte e lazer.
Os valores dos três índices são apresentados em uma escala de 0 a 100, sendo 100 o maior nível possível de pobreza e vulnerabilidade multidimensionais não monetários que uma sociedade pode registrar.
Por Blog do Jamildo
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