Damares diz que hacker mentiu à CPI: “É a tua vida que está em risco”, disse

Senadora pelo Distrito Federal, Damares Alves (Republicanos) afirmou, na sessão desta quinta-feira (17/8) da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, que a vida do hacker Walter Delgatti é “a que está em risco”.

“Walter, o meu recado fica para ti: você mentiu, você tinha aliança com o PT, desde 2019, você estava com raiva, o PT te largou na mão, porque você foi para a cadeia, agora foi para a direita, e vou dizer o seguinte: a vida dá voltas e é a tua vida que está em risco”, disse. “Que Deus tenha misericórdia de você.”

Damares também alegou que o advogado de Delgatti a chamou de “bandida”. “Eu sou uma senhora, uma senhorinha, me chamar de bandida?”, questionou a senadora. Ela afirmou que pensará nas próximas 24h se representará contra o advogado.

Delgatti na CPI

Mesmo com o Supremo Tribunal Federal (STF) garantindo a Delgatti o direito de não proferir sequer uma palavra, o “hacker da Vaza Jato” resolveu responder aos questionamentos da comissão. Ele afirmou que foi contratado pela Carla Zambelli (PL) para administrar suas redes sociais.

“Posteriormente, ela disse que havia uma oportunidade de emprego para mim. Estive em Brasília, falei com o presidente e, logo em seguida, fiquei em Brasília. Vim trabalhar na parte de redes sociais do gabinete dela, nas redes dela. Ela me enviou a senha do site, das redes sociais, mas, logo em seguida, uma decisão do Moraes limitou as redes sociais dela”, contou.

Mudança no código-fonte

Delgatti detalhou a primeira reunião com Zambelli e líderes do PL, partido de Bolsonaro. “Na primeira reunião, estávamos a Carla, o presidente do PL (Valdemar da Costa Neto), os meus advogados, o irmão da Carla Zambelli e eu. E o marido da Carla Zambelli também. O assunto era bem técnico, até que o Valdemar agendou essa reunião mais tarde com o marqueteiro da campanha. O Valdemar entrou em contato com o marqueteiro, e ele disse que, às 15h, ia comparecer no PL”, contou.

O hacker também comentou sobre um segundo encontro. “O marqueteiro disse que o ideal seria que eu falasse sobre a credibilidade das urnas. A segunda ideia era, no dia 7 setembro, eles pegarem uma urna e colocassem um aplicativo meu. Registrar um voto e sair outro”, disse.

Postar um comentário

0 Comentários