Gilson Machado vive à sombra de Bolsonaro e não assume protagonismo do bolsonarismo em Pernambuco

Mesmo sendo o nome mais próximo de Bolsonaro (PL) em Pernambuco, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado segue apagado no cenário político estadual. Sem articulação visível e sem definir qual cargo pretende disputar em 2026, Gilson permanece à espera de um sinal do ex-presidente para qualquer movimento político.

Recentemente, Bolsonaro chegou a mencionar a possibilidade de indicá-lo ao Senado. Ainda assim, Gilson não esboçou reação concreta. Limitado às redes sociais, onde ataca Lula e exalta Bolsonaro, o ex-ministro não pisa no estado para dialogar com eleitores ou discutir problemas de Pernambuco. O bolsonarismo tem força no estado, mas falta liderança e presença — algo que Gilson não tem assumido por hora.

Enquanto isso, o presidente estadual do PL, Anderson Ferreira, e o vereador Thiago Medina, do Recife, buscam ocupar esse espaço. À frente do PL Jovem, Ferreira já planeja 22 encontros em várias regiões do estado. A movimentação sinaliza uma tentativa de reestruturação do partido e, talvez, de reposicionamento de lideranças.

O bolsonarismo em Pernambuco, enfrenta dificuldades para se firmar como alternativa de poder, o eleitor tem a visão voltada apenas para Bolsonaro. A ausência de nomes competitivos para o Senado ou o Governo do Estado se contrasta com a força política de João Campos (PSB) e Raquel Lyra (PSD), que lideram o cenário com protagonismo e estratégia.

Anderson Ferreira, por sua vez, já se aproximou da governadora em busca de alianças, de olho talvez em uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026. No xadrez político, quem espera demais perde espaço — e Gilson parece esquecer disso.

Por Claudemi Batista 

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