Avaliação do Planalto sobre hino com linguagem neutra: “Bola fora”

Integrantes do Palácio do Planalto consideraram uma “bola fora” a campanha de Guilherme Boulos ter usado uma versão do hino nacional com gênero neutro. Pior que isso, dizem, foi Lula ter tido de arcar com parte do ônus pela participação no evento, uma vez que apareceu ao lado do candidato do PSol nas imagens. Como mostrou a coluna, a alteração no hino foi um prato cheio para adversários do presidente e de Boulos.

Emissários de Lula fizeram circular no meio político que aquele não foi um ato do governo, mas da campanha de Boulos, inteiramente sob responsabilidade do PSol. Além disso, ressaltaram não haver chance de isso se repetir em eventos oficiais, como no desfile militar do Sete de Setembro.

No comício realizado na zona sul de São Paulo, trechos do hino nacional foram adaptados. “Dos filhos deste solo és mãe gentil” virou “Des filhes deste solo”, por exemplo. Críticos à campanha do psolista lembraram no X, antigo Twitter, que a alteração da letra pode ser considerada ilegal.

A Lei nº 5.700, de 1971, determina que, “em qualquer hipótese, o hino nacional deverá ser executado integralmente e todos os presentes devem tomar atitude de respeito”. O descumprimento é passível de multa, que pode ser agravada em caso de reincidência.

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