PL avisa que vai recorrer da absolvição de Moro

Advogados do Partido Liberal (PL), ligado ao presidente Jair Bolsonaro, anunciaram que irão recorrer da decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) que absolveu o senador Sergio Moro (União-PR) das acusações de abuso de poder econômico, caixa dois e abuso nos meios de comunicação durante as eleições de 2022.

Segundo a CNN, a equipe jurídica avalia se apresentará embargos de declaração ao TRE-PR ou se recorrerá diretamente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os embargos de declaração têm como objetivo esclarecer contradições ou omissões da decisão do tribunal, mas não têm poder para alterar a decisão em si. Eles servem apenas para esclarecer pontos que não ficaram claros ou que não foram abordados.

O acórdão da decisão foi publicado nesta quinta-feira, 18, permitindo a apresentação de recursos contra a decisão do TRE-PR.

TRE-PR não deve mudar de posição

Tanto o PL quanto o Partido dos Trabalhadores (PT) consideram improvável uma mudança de posição por parte do Tribunal Eleitoral do Paraná, já que a votação foi de 5 a 2 pela absolvição. No entanto, a expectativa é diferente no TSE, onde há uma tendência pela cassação de Moro.

Os advogados do PL e do PT esperam que o julgamento ocorra até agosto e que uma eleição suplementar seja realizada em novembro.

Valdemar, presidente do PL, manteve a decisão de recorrer, já que o ex-deputado federal Paulo Martins (PL-PR) é considerado favorito para assumir o posto.

O que diz Valdemar Costa Neto?

Valdemar Costa Neto anunciou em entrevista à CNN que decidiu recorrer contra a absolvição do senador Sergio Moro (União-PR) pela justiça eleitoral do Paraná. Segundo Costa Neto, a medida foi tomada para defender os interesses políticos do partido.

“Entrei com a ação para defender os interesses políticos do partido. Há situações em que é necessário compreender que tenho que defender nossos parceiros do PL“, afirmou Costa Neto.

A absolvição de Moro autoriza a apresentação de recursos à decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). No entanto, o PL pretende acionar diretamente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sem entrar com embargos no Paraná.

“Não vamos entrar com embargos no Paraná, vamos direto para o TSE“, declarou Costa Neto.

Decisão do PL

De acordo com o presidente do PL, a decisão de recorrer foi tomada após consultar a equipe jurídica do partido. Além disso, politicamente, o PL busca fortalecer o comando de Costa Neto e reavaliar a possibilidade de ocupar mais uma cadeira no Senado pelo Paraná.

Costa Neto também comentou sobre a disputa eleitoral no estado e afirmou que o candidato do PL, Paulo Martins, perdeu espaço para Sergio Moro no final da campanha de 2022. Segundo ele, uma pesquisa falsa foi criada para prejudicar a eleição de Martins, que contava com o apoio do governador Ratinho e do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Costa Neto está proibido pela justiça de ter contato direto com Bolsonaro, apesar das posições de liderança que ambos ocupam no PL. O contato entre eles tem sido feito por meio de intermediários.

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