TSE derruba campanha de Lula que liga Bolsonaro a violĂȘncia contra a mulher

A ministra do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) CĂĄrmen LĂșcia determinou que o PT removesse um vĂ­deo de campanha eleitoral que acusava o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) de "descaso" no combate Ă  violĂȘncia contra a mulher. A coligação Pelo Bem do Brasil, de Bolsonaro, alegou que a campanha de Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT) contrariou a lei eleitoral ao impulsionar — ou seja, promover propaganda no Google por meio de pagamentos — informaçÔes que nĂŁo sĂŁo a respeito de propostas de governo, como determina a legislação.

AlĂ©m disso, estĂĄ vedado o impulsionamento de propaganda eleitoral com conteĂșdo negativo. "A reprovĂĄvel peça impulsionada ofende a honra e a imagem do Representante com trechos como 'ViolĂȘncia contra mulher aumenta no Brasil por descaso do governo', promovendo graves ataques Ă  candidatura adversĂĄria", argumentou a campanha.

A ministra deu razĂŁo para o pedido e solicitou que o vĂ­deo fosse removido em 24 horas. Na manhĂŁ do sĂĄbado (22), jĂĄ nĂŁo era mais possĂ­vel acessar o conteĂșdo. "O vĂ­deo publicado no Youtube, por meio de impulsionamento, veicula conteĂșdo negativo, divulgando mensagem que, independentemente de sua veracidade ou nĂŁo, certamente nĂŁo Ă© benĂ©fica ao candidato Ă  reeleição", escreveu Carmen.

Guerra de narrativas no TSE. Ambas as campanhas jĂĄ tiveram diversos conteĂșdos barrados pelo TSE, movimento que se tornou mais intenso apĂłs a determinação da disputa do 2Âș turno. Na questĂŁo do impulsionamento, por exemplo, a coligação Brasil da Esperança, de Lula, pediu que a campanha de Bolsonaro parasse de impulsionar o site "Lulaflix", que tem conteĂșdo de ataques contra o ex-presidente petista. O TSE acatou Ă  solicitação, mas nĂŁo derrubou o site do ar, como tambĂ©m fora solicitado.

A intensa movimentação na reta final da campanha fez com que o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, convocasse uma reunião com representantes de Lula e Bolsonaro na quinta-feira (20). O objetivo da reunião foi pedir "mais civilidade nas redes sociais" das campanhas no segundo turno, disse o ministro.

UOL

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