O ex-presidente José Sarney fez uma
defesa enfática do Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu a união de todos,
"sem partidarismo ou ideologia", pela valorização da Corte, que,
conforme frisou, será sempre a base da democracia e da liberdade.
"O Supremo Tribunal Federal nunca
faltou à nação. É sobretudo nos momentos difíceis como o que vivemos que ele
assegura os direitos humanos, individuais, difusos e sociais, o Estado de
direito, o governo das liberdades e sobretudo a democracia, que não existe sem
a Justiça", sustentou.
Sarney lembrou ter sido orador no
centenário do STF, ocasião em que ressaltou declaração de Machado de Assis, um
dos principais nomes da literatura brasileira, de que a vitaliciedade do
Supremo "dava à Casa uma consciência da duração perpétua, responsável que
fora, era e é pela unidade nacional".
"Na sofrida história brasileira
foram fechados o Executivo e o Legislativo, nunca o Judiciário. Rui Barbosa
declarou: "Eu instituo esse tribunal venerando, severo, incorruptível guarda
vigilante desta terra". "A estrutura do país repousa sobre o Supremo
Tribunal Federal, que será sempre a base da democracia e da liberdade",
acrescentou o ocupante da cadeira nº 38 da Academia Brasileira de Letras (ABL).
Presidente da República de 1985 a 1990, Sarney prestou solidariedade à Corte e a seus ministros, "que zelam pelas instituições". "Sem um Supremo forte e íntegro não há democracia e os direitos individuais desaparecem", afirmou. "Devemos nos reunir todos, sem partidarismo ou ideologia, e prestigiar o Supremo Tribunal Federal. É ele que guarda a Constituição, nossa garantia como nação democrática."
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