O que me chamou atenção no debate (por Cristovam Buarque)

Novidade: O debate, em 2022, trouxe uma novidade: a referência à educação de base. Em 2006, o candidato que falava em educação foi considerado como candidato de uma nota só. Desta vez, todos e os entrevistadores também tocaram e repetiram a preocupação com educação de base.

Ditadura da Emergência: Com exceção do tema ambiental, o debate ficou prisioneiro dos problemas emergenciais: fome, auxílio Brasil, inflação.

Ausências: Nenhum candidato trouxe o sonho de um Brasil coeso e com rumo, sintonizado com o progresso econômico e social, com presença internacional. Faltou estadismo. Mesmo o tema da educação ficou tratado na sua emergência por causa da epidemia e pelo atraso histórico.

Força feminina: Ficou claro o destaque das duas candidatas na firmeza e na comunicação como participaram. Foram elas que trouxeram propostas concretas: Soraya Thronike, com a ideia do imposto único, e Simone Tebet com a ideia da Poupança Escola.

Sobraram: Todos os candidatos choveram números que o público não consegue acompanhar. Sobraram números, em um debate que deveria ser sobretudo de ideias. No lugar de usarem números para dar ossatura a ideias, usaram palavras para encobrir números sem comprovação.

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